quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pesadelo


Enfim tem início o ritual
Estou em um tempo que não é um tempo
Sob meus pés, os minutos cortantes, jamais banais
Eu estou fora, mas também estou dentro

Este é um lugar que não é um lugar
Cravado em um dia que não é um dia

Inspiradora lua venha me guiar!
Estou no limiar entre as eras
Tocado e beijado pela brisa fria

Dos Mistérios, teceu-se um véu
Domo as Belas, beijo as Feras

Que os Antigos me ajudem a beber da taça
Protejam minha viagem e meu corpo ao léu
Pois que assim seja, assim se faça!

Pois não estou vendo castelos ruírem
E sim meu corpo cansar antes da alma
Não defrontei com cruzes, tridentes, ou espadas
Deparei-me com a frieza humana

A me confortar, não vieram constelações angelicais
Nem mesmo luz na escuridão
Mas me fortaleço, em palavras vindas de lugares distantes
E de companhias inseparáveis de meu coração

Não estou solidão, me vejo aprendiz sem giz
Guardo o quadro negro na memória de cada segundo
Resisto o desespero que me afronta
Na minha dor não à tempo para sonhar

Só o desejo de acordar, acordar de ti,
PESADELO...

De Tiago Dotto (Goticus Eternus)

Um comentário:

  1. Tiago, me senti um pouco perdida neste
    labirinto estreito, que tuas palavras se
    tornaram para mim.
    Sabes que estou contigo né?
    E mesmo de longe acompanho tuas dores.
    Sou uma Lua , não tão inspiradora (rs)
    mas bem intencionada e pronta a ouvir
    e ajudar no que eu puder.

    bjus meu amigo..
    estou perto de ti em coração...

    ResponderExcluir