sábado, 31 de julho de 2010

Cruz Tau (simbologia part. 7)






O TAU é uma cruz com a forma da letra grega TAU (T). Além de ser um símbolo Bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em Português.
Ainda que também foi um símbolo utilizado em outras culturas como o Egípcia (o símbolo da vida eterna ou cruz ansada: o anj). Foi o santo egípcio San Antón quem primeiro usou-a como distintivo cristão e por isso é telefonema mais propriamente como cruz de San Antón. Com cor azul sobre o peito de um hábito negro, era o uniforme distintivo dos membros da Ordem de San Antonio. 

Na subcultura Gótica, através de sua forma crucifixa este símbolo geralmente é a representação do sofrimento, dor ou angústia.

O Tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem.
O Tau, é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o Céu e a Terra. Divino e Humano.
Em 1215 o Papa Inocêncio III prega um novo símbolo cristão e São Francisco, estando presente neste reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem Religiosa: a Ordem dos Frades Menores.
Santa Clara, quando tratava dos doentes e enfermos com a imposição do TAU, invocava a Deus que curasse aqueles que padeciam e sofriam.
No Tau de São Francisco há três nós representando seus votos perante a Deus: Pobreza, Obediência e Castidade.

Significado do Tau

o        Lembrança da Redenção, da Cruz, do Amor.
o        Sinal de penitência e conversão interior.
o        Sinal de dor pelos pecados do mundo.
o        Rumo a uma espiritualidade sadia.
o        Recordação do nosso baptismo.
o        Filhos de Deus.
o        Sinal dos que sofrem.
o        Sinal de Salvação.
S. Francisco selava o que escrevia com o TAU, para significar a densidade do amor de Deus, concretizada na Cruz do Cristo, sinal de Salvação. Assim podemos ver na mensagem que redigiu a Frei Leão, e que este conservou até ao fim dos seus dias. Hoje está em exibição na Basílica de S. Francisco em Assis.


 São Francisco e a "Tau"

San Francisco de Assís, que participou no Concilio em qualidade de superior general de uma Ordem aprovada pela Igreja, deveu de se tomar muito em sério o convite de Inocêncio III, pois, segundo os colegas e seus primeiros biógrafos, amava e venerava a Tau (nome da letra T em hebreu e grego) "porque representa a cruz e significa uma verdadeira penitência". Ao começo de qualquer atividade se santificava com dita sinal, preferia-a a qualquer outro signo e pintava-a nas paredes das celas. Em suas conversas e pregações recomendava-a com freqüência, e desenhava-a a modo de assinatura em todas suas cartas e escritos, "como se toda sua preocupação fosse gravar o signo da tau, segundo o dito profético, sobre as frentes dos homens que gemem e  choram, convertidos deveras a Cristo Jesus".
 



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Anee Stokes


Apresento-vos esta ilustradora de talento inagualavel,: a qual sou um admirador, sendo suas imagens parte integrante de minha coleção pessoal de imagens
Anne Stokes, é inglesa, nasceu a 29 de Abril de 1972 e trabalha à 13 anos como ilustradora!
Seus trabalhos trazem uma tematica medieval, gótica,e alguns outrso seguimentos.

Vive em Leeds, no condado de Yorkshire , no Reino Unido, com o seu marido Ralph (que tambem é desenhista) e seu  filho Leo. Atualmente, ela é desenhista em tempo integral, pois costuma trabalhar em ilustrações para jogos de RPG, como Dungeons and Dragons e tambem trabalha em ilustrações para camisas, posteres, capas de livros, calendários, cartas de tarô entre outros.

Atualmente, ela trabalha integralmente em seus desenhos, como free lancer, e mostra um pouco do seu trabalho em seu site oficial.
Selecionei algumas das minhas imagens preferidas para postar aqui.



Site oficial: http://www.annestokes.com/      



Clique aqui em baixo (em mais informações) para ver mais imagens

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Unsun: detalhes sobre álbum da banda de ex-Vader




A banda polonesa UNSUN, liderada pelo guitarrista Maurycy “Mauser” Stefanowicz (ex VADER), acaba de divulgar a capa e o set list de seu novo álbum intitulado “Clinic For Dolls” que será lançado dia 11 de outubro.

“Clinic For Dolls”:

01. The Lost Way
02. Clinic For Dolls
03. Time
04. Mockers
05. Not Enough
06. The Last Tear
07. Home
08. I Ceased
09. A Single Touch
10. Why

A banda apoiará o Tristania na “Rubicon Tour“, em outubro. Turnê que contará também com a presença da banda holandesa Asrai.

"Jurado de mi Alma"




"Juro de minha alma, que tentei dar sempre todo meu ser,e até ser quem nunca fui,meus amores me tiraram minha ultima esperança de viver"...
                                                          
                                                                              De Tiago Dotto

"Tempestade"

"Toda calmaria vira tempestade quando se reluta com meu coração"
                                       
                                                                   De Tiago Dotto




quarta-feira, 28 de julho de 2010

Elvenking: título, capa e prévia de novo trabalho do grupo





 Pais: Italia



Os headbangers da banda de folk/power metal ELVENKING definiram "Red Silent Tides" como o título do seu novo álbum, que será lançado neste outono (N.T.: do hemisféiro norte) pela AFM Records. O CD foi gravado em no Piranha studios em Karsdolf, na Alemanha com o produtor Dennis Ward (ANGRA, PINK CREAM 69, PRIMAL FEAR). A arte da capa, que pode ser vista abaixo, foi criada por Samuel Araya, que já trabalhou com o Cradle Of Filth no álbum "Thornography".

"Red Silent Tides" track listing:
01. Dawnmelting
02. The Last Hour
03. Silence De Mort
04. The Cabal
05. Runereader
06. Possession
07. Your Heroes Are Dead
08. Those Days
09. This Nightmare Will Never End
10. What's Left Of Me
11. The Play Of The Leaves




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Luares tristonhos, ao pé do mar





Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
 

      Eu era criança e ela era criança,
      Neste reino ao pé do mar;
      Mas o nosso amor era mais que amor --
      O meu e o dela a amar;
      Um amor que os anjos do céu vieram
      a ambos nós invejar.
 

E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para fechá-la num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
 

      E os anjos, menos felizes no céu,
      Ainda a nos invejar...
      Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
      Neste reino ao pé do mar)
      Que o vento saiu da nuvem de noite
      Gelando e matando a que eu soube amar.
 

Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
 

      Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
      Da linda que eu soube amar;
      E as estrelas nos ares só me lembram olhares
      Da linda que eu soube amar;
      E assim estou deitado toda a noite ao lado
      Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
      No sepulcro ao pé do mar,
      Ao pé do murmúrio do mar.
 

                               Por Tiago Dotto (Goticus Eternus)

Ao Luar


 

Quando, à noite, o Infinito se levanta 
Á luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha tátil intensidade é tanta
 
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!
Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
 
Grandeza o orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!
Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado
 
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado...
Transponho ousadamente o átomo rude
 
E, transmudado em tolerância fria.
Encho o Espaço com a minha plenitude!

Augusto dos Anjos

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Evanescence "Your Love". e single «Together Again»



Durante um show no Legends & Lyrics, a banda Evanescence  tocou uma nova canção, intitulada "Your Love". Recentemente, a vocalista Amy Lee anunciou que a banda  tomaria um novo rumo, com influências mais eletrônicas e de trip hop, mas a nova canção não foge do estilo das anteriores.

Ainda não há informações se "Your Love" fará parte do repertório do novo álbum da banda. O novo trabalho será por conta de Steve Lillywhite, que já produziu bandas como U2 e ROLLING STONES.

Confira o vídeo da canção abaixo.



«Together Again», música dos tempos do The Open Door que nunca chegou a ver a luz do dia, foi hoje editada e colocada para download em troca de uma donativo para ajudar o Haiti a recuperar do terramoto.
 A música pode ser descarregada no seguinte link www.unfoundation.org/evanescence após um donativo de no mínimo 5$.

Entretanto, para aqueles que não podem ou não querem ajudar, a música já foi disponibilizada no youtube e pode ser ouvida no vídeo seguinte

terça-feira, 20 de julho de 2010

Siouxsie & the Banshees





Siouxsie & the Banshees foi uma banda de rock britânica que iniciou sua carreira em 1976 e terminou oficialmente em 1996. É considerada uma das bandas mais influentes nos estilos rock gótico e post-punk.
Siouxsie & the Banshees
Da esquerda para a direita:Steven Severin, Siouxsie e Budgie.
Informação geral
Origem
Londres, Inglaterra
País
 Reino Unido
Gêneros
Gothic rock
Post-punk
New wave
Rock alternativo
Punk rock
Período em atividade
1976 - 1996, 2002 (reunião)
Gravadora(s)
Polydor Records
Geffen Records
Integrantes
Siouxsie Sioux
Steven Severin
Budgie

História

A primeira apresentação com a formação original, foi no Punk Festival, em 20 de setembro de 1976, no 100 Club, em Londres. A banda tocou somente covers como Twist And Shout (dos Beatles), Knockin’ On Heaven’s Door (do Bob Dylan) e e uma versão de cerca de vinte minutos de The Lord’s Prayer, que agradara somente a um dos assistentes de Malcom McLaren, empresário do Sex Pistols, que se encontrava na platéia. Logo após a apresentação, foram convidados a acompanhar o Sex Pistols como banda de abertura em uma turnê pela Inglaterra.
A formação de então era: Susan Ballion (vocal), Steve Havoc (baixo), Sid Vicious (bateria), Marco Pirroni (guitarra).
Meses depois com a saída/expulsão de Glen Mattlock (Baixo - Sex Pistols), Sid Vicious foi efetivado nos Sex Pistols como baixista mesmo sem saber tocar baixo. Marco Pirroni também deixa a banda e passa a tocar em uma série de outros grupos na Inglaterra como a banda de New Romantic, Adam & the Ants.
Desde então, Susan e Steve passaram a liderar a banda em uma troca incrível de guitarristas que pouco ficaram na banda.
Para substituir Sid Vicious e Marco Pirroni, entram Kenny Morris (baterista) e John McKay (guitarrista), o que deixou a formação estável nos 2 primeiros discos da banda até o fim de 1979. É apartir deste momento que Susan Ballion passa a se chamar Siouxsie Sioux, referência a uma tribo indígena Norte-Americana, e Steve Havoc passa a ser chamado de Steve Severin.
Na semana em que a banda procurava um nome, foi exibido na TV o filme Cry of the Banshee, baseado no conto de Edgar Alan Poe, no qual o ator Vincent Price atuava e acharam que The Banshees seria uma ótima idéia pra um nome. Depois pensaram em Susy and the Banshees, e em definitivo, Siouxsie & the Banshees. Banshees são entidades femininas pertecentes à mitologia celtica cuja voz bela e tenebrosa anuncia a proximidade da morte.

Primeiros Álbuns

O primeiro single, Hong Kong Garden, foi lançado em 1978 pela Polydor. Alcançou logo o Top 10 Britânico. No mesmo ano, lançam o primeiro álbum também pela Polydor, The Scream, que trazia o cover dos Beatles, Helter Skelter, em estilo punk, além das faixas Overground, Mirage e Metal Postcard - que ganhara uma versão em alemão, cantada ao vivo pela banda, com o nome de Mittageisen.
Em 1979 lançam Join Hands, um álbum ainda no estilo punk. É possível encontrar a canção The Lord’s Prayer, porém em diferentes duração (aqui somente com 14 minutos comparados aos 23 minutos da apresentação original) e execução que a banda tocou em sua primeira apresentação, no London’s 100 Club, além da faixa Icon, outra música conhecida da banda.
Kenny Moris e John McKay saíram da banda e foram substituídos na excursão do segundo álbum pelo baterista Budgie (ex-The Slits) e pelo guitarrista John McGeoch (ex-Magazine). Ainda em 1979 excursiona com Robert Smith, líder do The Cure, que participaria como guitarrista mais pra frente, nos Nocturne (1983) e Hyaena (1984).
Siouxsie que era amiga e namorada de Steve Severin, passa a ser vista cada vez mais com o novo baterista Budgie, até que passam efetivamente a formar um casal.

O Início da Fase Gótica

Em 1979, o pós-punk nascia na Inglaterra, proveniente de bandas como Magazine, Public Image Ltd e Joy Division. A sonoridade melancólica, com o som do baixo em primeiro plano e uso de bateria eletrônica em muitas ocasiões, bem como a utilização de sintetizadores para criar o clima sombrio característico do estilo, também estão presentes na sonoridade de Siouxsie & e Banshees entre 1979 e 1982, que também é considerada uma banda pertecente a este cenário musical que muito contribuiu para o nascimento o rock gótico.
Em 1980, o terceiro álbum é lançado: Kaleidoscope, que contou com a participação do guitarrista Steve jones, do Sex Pistols. Este é o álbum que aponta a transição da banda para o estilo gótico, demonstrando uma sonoridade típica do pós-punk, mas muito mais próxima do gótico. O álbum é considerado até hoje um dos melhores da banda, apresenta composições mais trabalhadas e profundas, e teve uma boa aceitação por parte do púbico, apesar de ter recebido várias críticas. Happy House e Christine emplacaram nas paradas inglesas, e o álbum teve outros clássicos como Red Light. Após o lançamento deste álbum, a banda saiu em sua primeira turnê pelos Estados Unidos.
Juju foi lançado em 1981 e segue a mesma linha do álbum anterior. Merecem destaques as faixas Spellbound e Arabian Knights. No mesmo ano, é lançada a primeira coletânea do grupo, intitulada Once Upon A Time.
A Kiss In The Dream House, de 1982, considerado uma das inspirações para a neo-psicodelia, apresenta uma Siouxsie cantando de forma bem mais suave, em partes devido recomendação médica: na época, Siouxsie apresentava problemas na garganta que poderiam forçá-la a parar de cantar. Este álbum está submerso numa atmosfera onírica, criada graças aos sintetizadores, além de ter referências exóticas. O lançamento deste álbum marcou também mais uma despedida de membros da banda: McGeogh deixa o grupo para se juntar a John Lydon e tocar no Public Image Ltd.

 Robert Smith

Foi aí que o vocalista do The Cure, Robert Smith, entrou para Siouxsie & The Banshees. Ele já era um conhecido da banda, pois o Cure abrira alguns shows do grupo em 1979 e inclusivé Robert Smith foi convidado para tocar com eles após o guitarrista dos Banshees ter desertado no meio da tour. Nesta altura Robert Smith fazia a 1ª parte com os Cure e a 2ª com os Banshees.
Em 1983, eles gravam Nocturne, álbum duplo e ao vivo gravado durante um show no Royal Albert Hall, em Londres.
Após uma parada para dar vida aos projetos paralelos de Budgie e Siouxsie, The Creatures, bem como o de Severin e Robert Smith, The Glove, a banda volta em 1984 lançando o álbum Hyaena. Logo após o lançamento deste álbum, Robert Smith deixou a banda.
Robert e Siouxsie tiveram vários desentendimentos, a ponto de um falar mal do outro em entrevistas posteriores. Siouxsie comentou a saída de Robert Smith com o seguinte depoimento:
Robert Smith diz que as cordas de Dazzle estragaram a música, mas ele não estava muito envolvido em Hyaena e seus comentários sobre ele são orgulho ferido. Deixamos que participasse mas ele não o fez, isso foi culpa dele. Não foi uma união ideal e nós dois saímos. Algumas vezes eu o chutei no saco. Tinha dias em que ele chegava com cerca de três horas de atraso, e eu odeio esse tipo de coisa. Ele se costuma se mexer muito, o que me irrita.
Robert Smith esclareceu, algum tempo depois, o motivo de sua entrada para o Siouxsie & The Banshees e disse ter se divertido com a experiência, apesar dos problemas:
No Cure eu escrevo, canto, toco guitarra, dou entrevistas. As pessoas exigiam um comportamento meu de um rock star o que me irritava. Eu olhava para o espelho e via o Robert Smith do Cure e não mais a pessoa que eu era. Por isso resolvi dar um tempo com o grupo e tocar com a Siouxsie. E apesar dos problemas que tivemos, confesso que me diverti muito.
A vida seguiu para a banda em mais uma substituição de membros: o guitarrista John Carruthers Valentine (ex-Clock DVA) entrou para o lugar de Robert Smith.

Cities In Dust

O novo álbum só veio em 1986, Tinderbox, trazendo o maior sucesso da banda: “Cities In Dust”, uma canção que fala sobre a explosão do vulcão Vesúvio em Pompéia, Itália, foi a primeira música da banda a atingir o Top 100 Americano. A banda também fez uma participação no filme Out Of Bonds - Chuva de Chumbo cantando essa canção.
Essa também foi uma época difícil para a banda. Siouxsie brigava freqüentemente com Budgie por causa de ciúmes, chegando a chutar uma janela de vidro. Além de machucar um nervo das costas, Siouxsie também chegou a deslocar o joelho durante um show da turnê realizada em 1985. Toda essa onda de brigas e contusões acabou por azedar o clima na banda.

O Futuro

O próximo álbum não demorou muito para ser lançado. Through The Looking Glass, de 1987, é um álbum só de covers que funcionou para que a banda respirasse um pouco e o ar carregado fosse desfeito. Se destacam nesse trabalho as faixas Hall of Mirrors, do Kraftwerk, The Passenger de Iggy Pop, You’re Lost Little Girl, do The Doors e This Wheel’s on Fire de Bob Dylan. A saída de algum membro após o lançamento de um novo álbum voltou a se tornar rotina: foi a vez de John Carruthers deixar o grupo.
Entram para a banda o tecladista Martin McCarrick, (da banda Soft Cell, de Marc Almond), e o guitarrista Jon Klein, ex-Specimen, substituindo John Carruthers.
Uma nova sonoridade se inicia no grupo de forma gradativa. Aos poucos, a banda adotaria cada vez mais um som pop e dançante. O álbum de 1988, Peepshow, mostrava bem as novas tendências do grupo trazendo faixas dançantes e um toque eletrônico. Peek-a-boo, primeira música da banda a entrar na parada de singles americana, também assustou os fãs mais radicais por ser quase um rap. Siouxsie disse à época do lançamento que o grupo só ouvia música negra, artistas como Prince, e nomes do hip-hop e rap há vários anos e que decidiram mostrar esse seu lado em um trabalho. Depois do lançamento de Peepshow a banda ficaria três anos sem lançar um álbum.
Também em 1988, a banda se apresentou na primeira edição do Lollapalooza.
Em 1991, voltam com um álbum que têm raízes no eurodance e technopop, Superstition, álbum produzido por Stephen Hague, que chegou a entrar na Billboard e causou muita controvérsia entre os fãs. O álbum é praticamente temático e foi inspirado no acidente automobilístico que vitimou Jayne Mansfield, depois que um satanista amaldiçoou o namorado dela. Ainda em 1991, foi realizado o casamento oficial de Siouxsie e Budgie.
Em 1992, é lançada a segunda coletânea da banda, Twice Upon a Time, que também conta com a música inédita Fireworks, Lados B e Singles, como a canção Face to Face, feita para o filme Batman, O Retorno, de Tim Burton.

O Fim

O último álbum da banda veio em 1995, Rapture, produzido por John Cale. O lançamento foi seguido por uma grande turnê mundial.
Mas foi em 1996 que veio o encerramento das atividades, após 20 anos de carreira, que coincidiu com a volta do Sex Pistols. No comunicado em que declaram o fim da banda, Siouxsie afirma: Como a indústria musical prepara-se para reviver os primeiros anos do punk, quando confundiam os oportunistas com os protagonistas e assinavam contrato com qualquer coisa com um alfinete de fralda que pudesse cuspir, Siouxsie and The Banshees gostariam de dizer “Obrigado e Adeus.”

Atualmente

Siouxsie e Budgie continuaram e continuam até hoje com a sua banda que antes era um projeto paralelo, The Creatures. Steve Severin desenvolveu alguns projetos solos como a trilha sonora do filme Visions of Ecstacy além de participações em outras bandas.
A banda ressurgiu para uma breve aparição em abril de 2002, em Londres, quando a banda fez uma pequena turnê intitulada 7 Year Itch tour, que contou com a seguinte formação: Siouxsie Sioux, o baixista Steve Severin, o guitarrista Chandler Knox, e Budgie na bateria.
O nome da turnê faz alusão aos sete anos de separação da banda, e teve como fruto o lançamento simultâneo de um CD e um DVD, com gravações ao vivo. O CD também intitulado The Seven Year Itch, trás quatorze músicas retiradas do mesmo show. As gravações foram feitas durante show no The Shepherds Bush Empire, em Julho de 2002, em Londres.
Apesar do sucesso da turnê que contou com bilheteria esgotada em todas as apresentações, a reunião da banda mesmo passageira.
Em 2007 a música Haloween fez parte da trilha sonora do filme de animação “A Casa Monstro”.
Actualmente Siouxsie canta a solo, tendo lançado, em 2007, o álbum Mantaray.

Shows no Brasil e em Portugal

A banda se apresentou em Portugal em 11 de setembro de 1984, no Pavilhão Os Belenenses, na cidade de Lisboa.
Em 1986 foram realizadas seis apresentações no Brasil, considerados shows históricos por alguns fãs. As apresentações ocorreram em 27 e 28 de novembro e 1 de Dezembro no Palácio de Convenções do Anhembi, na cidade de São Paulo; 29 de novembro no Caiçara Clube, na cidade de Santos; e em 30 de novembro e 3 de dezembro no Rio de Janeiro.
Somente em 1995 é que Siouxsie & The Banshees voltaram aos dois países, na turnê mundial do álbum The Rapture.
Em Portugal foram duas apresentações: uma no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, no dia 17 de março e a outra no Coliseu, na cidade de Porto, no dia 18 de março.
No Brasil foram realizados três shows: dia 22 e 24 de maio, no Olympia, em São Paulo e no dia 25 do mesmo mês ocorreu a apresentação no Rio de Janeiro, na casa de shows Imperator. Siouxsie tocou também com Blur na Figueira da Foz em 1993.

Discografia

Álbuns de estúdio

·         1978 - The Scream
·         1979 - Join Hands
·         1980 - Kaleidoscope
·         1981 - Juju
·         1982 - A Kiss in the Dreamhouse
·         1984 - Hyaena
·         1986 - Tinderbox
·         1987 - Through the Looking Glass
·         1988 - Peepshow
·         1991 - Superstition
·         1995 - The Rapture

Álbuns de Siouxsie

·         2007 - Mantaray

sábado, 17 de julho de 2010

Por meus amores







 Beijar o nácar, que te acende os lábios,
seria para mim prazer divino;
mas eu desprezo os risos da fortuna,
que podem profanar o meu destino.

Feliz de mim se repousasse um pouco
sobre o teu níveo seio que palpita:
mas fere a maldição os meus desejos,
a paz voara e te deixara aflita.

Em silêncio nasceu, cresce em silêncio,
este amor infinito, único, eterno.
Irei agora, abrindo-te minha alma,
exilar-te do céu, abrir-te o inferno?

Não, oh meu anjo, além escuto o eco
da maldição da nossa sociedade;
ouvi-lo, sem corar, não poderias,
expire, pois a nossa felicidade.

Que importa o fogo que em meu peito lavra,
que importa a febre que me rói a vida,
se a tua correrá serena e pura,
de prazeres somente entretecidos?

Roubar teu coração à paz dos anjos,
e nele despertar os meus amores,
oh! Fora um crime, um sacrilégio horrível;
para puni-lo não houve dores.

E, pois, para livrar-te ao precipício,
adeus, meu anjo, fugitivo corro:
rocem embora os teus, os lábios de outrem,
será breve o penar, porque já morro.

Sim, agonizarei talvez bem pouco,
porque meus dias estão pedindo graça,
oh! Para possuir-te, afrontaria
infâmias, porém não tua desgraça.

Ao menos ficarás de um crime isenta,
o porvir para ti será de flores;
que importa que minha alma se torture,
se tu não sofrerás por meus amores?

                                                                                  
                                        por Tiago Dotto (Goticus Eternus)

Vívido





Quando chorou
Porque chorou
A vida se foi à vida se fez
Onde gastou o que restava de você
Porque sorria para o espelho que não pode ver
A vida o tempo que passa
As rugas a morte que veio beijá-la
Para que te quero vida
Foi o que me perguntou o tempo
Pra deixar que o amor da morte venha a se fazer com o nascer do sol.

        Por Tiago Dotto (Goticus Eternus)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Novela gótica


A novela gótica ou de terror é um género literário relacionado estreitamente com o de terror e subsumido neste, no ponto de que é difícil diferenciar um do outro. De facto, não pode se dizer que existisse a novela de terror até o aparecimento do terror gótico.

É uma classe de textos incluída dentro do subgénero novela, inscrito a sua vez no archigénero épico ou narrativo. É preciso distinguir da narração]] popular fantástica (folklore) e de conto-os]]s tradicionais de aparecidos, porque desenvolve-se fundamentalmente desde fins do século XVIII à actualidade e possui características diferentes, sócias em general com o movimento estético conhecido como Romantismo. Em alguns manuais de literatura faz-se referência à novela gótica também como novela negra,conquanto este termo pode dar lugar na actualidade a equívocos.
Estritamente falando, a primeira novela gótica foi O castelo de Otranto (1765) de Horace Walpole e a última Melmoth o errabundo (1815) de Charles Maturin. Entre estes dois autores escreveram William Beckford Vathek (1786, originalmente em francês), Ann Radcliffe Os mistérios de Udolfo (1794), William Godwin As aventuras de Caleb Williams (Londres, 1794), Matthew Lewis O Monge (1796) e Jan Potocki Manuscrito encontrado em Zaragoza (1805).
Posteriormente existe uma literatura de terror que mais ou menos se inspira nestas obras canónicas do género e às vezes se mistura com outros géneros. A ela pertencem obras como A abadia de Northanger de Jane Austen, que é em realidade uma paródia de Os mistérios de Udolfo; Jane Eyre de Charlotte Brontë ou Cimeiras borrascosas de sua irmã Emily Brontë; as invenções góticas de Edgar Allan Poe; Frankenstein ou o moderno Prometeo de Mary Shelley, que é em realidade a primeira novela de ciência-ficção]]; Drácula de Bram Stoker, ou as modernas obras de autores como Ira Levin (A Semente do Diabo), Peter Straub ou Anne Encrespe, por mencionar alguns.
As características deste género passam por uma ambientación romântica: paisagens sombrias, bosques tenebrosos, ruínas medievales e castelos com seus respectivos sótanos, criptas e pasadizos bem povoados de fantasmas, ruídos nocturnos, correntes, esqueletos, demónios... Personagens fascinantes, estranhos e estrangeiros, perigo e raparigas em apuros; os elementos sobrenaturales podem aparecer ou sólamente ser sugeridos. A localização eleita, em tempo e espaço, respondia à demanda de temas exóticos característica do medievalismo, o exotismo e o orientalismo próprios da época (que incluía à imagem tópica de Espanha como um dos meios mais adequados para isso).
Em Espanha cultivaron o género José de Urcullu, tradutor de Contos de duendes e aparecidos, Londres, 1825. Agustín Pérez Zaragoza, tradutor, refundidor e autor dos doze volumes de Galería fúnebre de espectros, aparecidos e sombras ensangrentadas, 1831. Antonio Ros de Olano, Gustavo Adolfo Bécquer, com suas Lendas em prosa e José Zorrilla, com sua lendas em verso, Miguel dos Santos Álvarez e Pedro Antonio de Alarcón com alguns de seus Contos.

Introdução

O adjectivo gótico deriva de que grande parte destas histórias trascurren em castelos e monasterios medievales. Em sentido estrito, o terror gótico foi uma moda literária, fundamentalmente anglosajona, que se estendeu desde finais do século XVIII até finais do século XIX, como reacção ao Racionalismo. Na literatura de terror moderna os velhos arquetipos não desapareceram totalmente.
O movimento gótico surge na Inglaterra]] no final do século XVIII. O renacimiento do gótico foi a expressão emocional, estética e filosófica que reagiu contra o pensamento dominante da Ilustração, segundo o qual a humanidade podia obter o conhecimento verdadeiro e obter felicidade e virtude perfeitas; seu insaciable apetito por este conhecimento deixava de lado a ideia de que o medo podia ser também sublime.
As ideias de ordem da Ilustração vão sendo relegadas e dão passo à afición pelo gótico na Inglaterra e assim se vai abrindo o caminho para a fundação de uma escola da literatura gótica, derivada de modelos alemães.
As narrativas góticas abundan entre 1765 e 1820, com a iconografía que nos é conhecida: cemitérios, páramos e castelos tenebrosos cheios de mistério, villanos infernais, homens lobo, vampiros, doppelgänger (transmutadores, ou dupla personalidade) e demónios, etc..
Os ingredientes deste subgénero são castelo]]s embrujados, criptas, fantasmas ou monstros, bem como as tormentas e tempestades, a nocturnidad e o simples detalhe truculento, todo isso surgido muitas vezes de Lenda|lendas]] populares. Fá-la fundadora do gótico é O castelo de Otranto, de Horace Walpole (1765). Outras obras finques desta corrente são Vathek (1786), de William Beckford, Os mistérios de Udolfo (1794), de Ann Radcliffe, O Monge, de Matthew Lewis, publicada em 1796, Melmoth o errabundo (1820), de Charles Robert Maturin e Manuscrito encontrado em Zaragoza de Jan Potocki. O Romantismo explorou esta literatura, quase sempre inspiradora de sentimentos morbosos e angustiantes, que atingiu seu máximo esplandor no século XIX, a impulsos da descoberta do jogo mórbido com o inconsciente.
No entanto, obras de pleno século XIX como Chá verde, de Sheridan Lhe Fanu, Frankenstein, de Mary Shelley, O coração delator, de Edgar Allan Poe, e, mais adiante, Janet, Pescoço Torcido, de R. L. Stevenson]], Drácula, de Bram Stoker, O Horla, de Guy de Maupassant, Outra volta de tuerca, de Henry James, etc., pode dizer-se que superam o terror gótico, pois não reúnem as citadas características. Salvo em casos excepcionais, tendem ao formato curto do conto em menoscabo da novela; não se recorre às freiras ensangrentadas, nem são elementos necessários os aullidos espectrales e os trovões, raios e centellas de tormentas; não têm por que decorrer em palcos ruinosos, castelos e monasterios medievales; os fantasmas que apresentam não estão “encadeados”; mal têm que ver com lendas populares... Portanto podem considerar-se já como obras plenamente representativas do terror moderno que atingirá a nossos dias, conquanto neste ponto a opinião dos críticos está dividida.
Nos relatos góticos adverte-se um erotismo larvado e um amor pelo decadente e ruinoso. A depresión profunda, a angústia, a solidão, o amor enfermizo, aparecem nestes textos vinculados com o oculto e o sobrenatural. Alguns autores sustentam que o gótico tem sido o pai do género de terror, que com posterioridad explodiu o fenómeno do medo com menor énfasis nos sentimentos de depresión, decadência e exaltación do ruinoso e macabro que foram o selo da literatura romântica goticista.
O escritor romântico espanhol Gustavo Adolfo Bécquer (1836-1870) incluiu em suas Lendas alguns relatos de medo muito meritorios como Maese Pérez, o Organista, O Miserere e O Monte das Ánimas.
A fins do século XIX, Oscar Wilde tomou este subgénero com humor em seu relato O fantasma de Canterville.
Os cantos de Maldoror de Isidore Ducasse -Conde de Lautréamont- é uma obra considerada como precursora do surrealismo. Não obstante, contém elementos narrativos que permitem rastrear rasgos e influências de obras como Melmoth, como o assinala Marcelyn Pleynet em seu estudo sobre Lautréamont. No caso de maldoror, este é apresentado como um ser que mediante a metamorfosis espreita aos homens. Maurice Blanchot e Gaston Bachelard analisam o bestiario de forma-las animais adoptadas por Maldoror; este costuma se denominar a si mesmo com os apelativos de: O vampiro, aquele que não sabe chorar, o montevideano, entre outros.
A escritora norte-americana Anne Encrespe, cujas obras misturam o quotidiano com histórias de vampiros e de erotismo escuro, tem tratado de revitalizar, tematicamente, o terror gótico. H. P. Lovecraft, por sua vez, conseguiria sintetizar nas primeiras décadas do século XX a tradição que partia do gótico com a ciência ficção contemporânea. Actualmente o gótico aparece em alguns autores (ao menos em determinadas obras): Angela Carter, P. McGrath, A. S. Byatt, etc.

Características da literatura gótica

Dentro das características do movimento gótico encontram-se:
·         É melodramática, exagera as personagens e as situações com o fim de acentuar os efeitos estéticos.
·         O autor cria um marco ou palco sobrenatural capaz, muitas vezes por si mesmo, de suscitar sentimentos de mistério ou terror.
·         Em relação com o anterior, importância do palco arquitectónico, que serve para enriquecer a trama; as sombras e contornos de luz delimitan espaços e recreiam sentimentos melancólicos. Recurso, pois, a todo o tipo de elemento “escuro”.
·         Exaltación da relação entre terror e êxtase.
·         Exaltación da morte, a decadência, os abismos, trevas etc..
·         Referências à loucura, o irracional, a bestialidad e demais características desumanas ou sobrenaturales.
·         Clara polarización entre o Bem e o Mau, este último com freqüência interpretado por uma personagem que fará as vezes de villano.

O terror moderno

O terror moderno é a etapa da literatura de terror que se desenvolve já a partir da primeira metade do século XIX por obra de precursores, como o norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849) e o irlandês Joseph Sheridan Lhe Fanu (1814-1873), cujas contribuições, especialmente o chamado terror psicológico, supuseram uma profunda transformação da literatura de terror gótico anterior, de raízes estritamente românticas, e que, como se viu, utilizava como principal recurso o “susto” e outras técnicas que hoje poderiam passar por antiquadas e rudimentarias.

História

Já nas postrimerías do século XIX o conto de horror ou de fantasmas experimentaria novamente um grande avanço a resultas das contribuições dos grandes cultivadores que encontrou esta modalidade na Inglaterra (algum seria de outra nacionalidade, como o francês Guy de Maupassant), nas épocas victoriana e eduardiana. Autores como Robert Louis Stevenson, M. R. James, Henry James, Saki (Hector Hugh Munro) e Arthur Machen, entre outros, exerceriam uma profunda renovação de estilos, temas e conteúdos que, já em pleno século XX, acabaria desembocando no último autor maior do género: o norte-americano Howard Phillips Lovecraft (1890-1937). Com ele, o género macabro experimentaria novamente um giro de 180 graus.
Este autor, cujo principal referente, segundo ele mesmo confessava, era seu compatriota Poe, foi o criador do chamado “conto materialista de terror” (por oposição ao “espiritualismo” a ultranza próprio do relato de fantasmas tradicional). Introduziu, ademais, no género elementos e conteúdos próprios da naciente ciência-ficção, o que teria amplas repercussões em toda a literatura e o cinema posteriores. Lovecraft, orientando-se em princípio a partir das subyugantes fantasías que lhe proporcionava seu próprio mundo onírico, soube conciliar estas com os ensinos de autores de seu predilección como Poe, Lord Dunsany, Ambrose Bierce, Algernon Blackwood e William Hope Hodgson, o que deu como resultado a espantosa invenção de uma nova mitología pagana, os Mitos de Cthulhu, através da qual conseguiu dar cumprida expressão aos muitos terrores e obsedes que anidaban em sua personalidade enfermiza. No entanto, em ocasiões tem-se achacado a Lovecraft um estilo encorsetado, abundante em adjectivos e fórmulas repetitivas, que faz que seus argumentos podem se predizer com facilidade à medida que o leitor assimila a técnica do autor.
É necessário mencionar neste ponto ao grupo de autores que acompanhou a Lovecraft em seu alucinante periplo literário, publicando relatos na famosa revista norte-americana Weird Tais, uns pertencentes ao Círculo de Lovecraft e outros independentes: Robert Bloch, Clark Ashton Smith, Fritz Leiber, Frank Belknap Long, Henry Kuttner, Seabury Quinn, August Derleth, Robert E. Howard, Donald Wandrei, etc., alguns deles, a julgar pela opinião dos críticos, de valores literariamente discutibles.
Um dos modelos de Lovecraft é o autor inglês, já citado, William Hope Hodgson ao qual se considera um precursor do género de terror materialista criado por aquele. Nascido em 1875 e morrido em 1918, sua obra “A casa do fim do mundo” narra em primeira pessoa as peripecias do habitante de uma pequena aldeia irlandesa que é raptado por uns seres metade homens, metade bestas, e transportado a outra dimensão.
Mas o escritor que grande parte da crítica situa ao lado de Poe, Lovecraft e Maupassant no panteón de ilustres cultivadores do medo, é o norte-americano Ambrose Bierce (1842-1914?), quem através de contundentes filigranas como Um terror sagrado, A ventada cegada e A coisa maldita se evidenció como maestro absoluto na recreación de tensas atmosferas desasosegantes no meio das quais estalla de repente um horror absorbente e feroz.
O tópico do homem lobo foi introduzido no género por Guy Endore, com sua novela “O homem lobo em Paris”, 1933.
A última hornada do género de terror conta com figuras literariamente controvertidas, a maioria procedentes do mundo anglosajón, como Stephen King, Ramsey Campbell e Clive Barker, autores de grande número de best-sellers, alguns dos quais têm sido adaptados com sucesso ao cinema. Nos últimos anos, a produção deste género transladou-se, em grande parte, desde o campo da literatura ao da cinematografía, a historieta, a televisão e o video-jogos, dando origem a um novo subgénero de terror, o gore, caracterizado pelo fácil recurso às cenas sangrentas e a casquería barata.

Bibliografía

·         O castelo de Otranto (1765), de Horace Walpole.
·         Sir Bertram (1773), de Barbauld.
·         The Recess (1785), de Sophia Lê.
·         Vathek (1786), de William Beckford.
·         Os mistérios de Udolfo (1794), de Ann Radcliffe.
·         As aventuras de Caleb Williams (1794), de William Godwin
·         O Monge (1796), de Matthew Gregory Lewis.
·         Wieland ou a transformação (1798), de Charles Brocken.
·         St. León (1799), de William Godwin.
·         Manuscrito encontrado em Zaragoza (1805), de Jan Potocki.
·         Os elixires do diabo (1815-1816) (Die elixiere dás Teufels), de E. T. A. Hoffmann.
·         Frankenstein ou O moderno Prometeo (1818), de Mary Shelley.
·         O Vampiro (1819), de John William Polidori
·         Melmoth o errabundo (1820), de Charles Robert Maturin
·         Vampirismo (1821), de E. T. A. Hoffmann
·         A queda da casa Usher (1839), de Edgar Allan Poe
·         Varney o vampiro ou o banquete de sangue (1847), de Thomas Preskett.
·         O monte das ánimas (1861), de Gustavo Adolfo Bécquer
·         Carmilla (1872), de J. S. Lhe Fanu]].
·         O fantasma de Canterville (1887), de Oscar Wilde
·         O retrato de Dorian Gray (1891), de Oscar Wilde
·         Outra volta de tuerca (1897), de Henry James
·         Drácula (1897), de Bram Stoker
·         A besta na gruta (1905), de Howard Phillips Lovecraft
·         O fantasma da ópera (1910), de Gastón Leroux
·         A torre dos sete importunados (1944), de Emilio Carrere