terça-feira, 19 de outubro de 2010

Paixão


Toma, devora...
Enrola-se como uma serpente
Tomando pelas entranhas;
O pensamento que já não Descansa;
Não se contenta em ter
Quer sugar até o infinito da alma
A última gota de sensatez;
Busca o delírio, quer o abismo
De sede infinita,
Um simples toque apavora
Derruba e tripudia
Do frágil, do tolo, que se comanda só na ilusão
Ilusão que é busca e encontro
Então,
À noite na solidão de
todos
Onde confessamos o inconfessável...
Mesmo que a nós mesmos,
Onde buscamos o impalpável
Na ânsia de ter o que não podemos
Mas queremos...
É que as sombras se apoderam de vez
Em forma de remorso
Remorso do que não comandamos
Mas é assim
E assim deve ser
Frágil como um cristal
Intenso como o fogo
Que arde e incendeia
A mais gélida das noites
Mas como és fraco

E estéril
Esperas o fogo apagar
E as cinzas repousarem
Permaneces assim
Descansa em seu leito de morte
Morte em vida
Vida adormecida...
Foges da paixão que te devora
Mas encontra a solidão
Que te abraça!
  

          Lady Dark Obscure             

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