domingo, 23 de janeiro de 2011

Libra- Imperdivel icone do Gothic Rock nacional( entrevista exclusiva, feita pelo Goticus Eternus)


É com imensa satisfação, que trago para os leitores do goticus, e seguidores da cultura dark/gotica/romantica/obscura, uma entrevista exclusiva com esse grande artista brasileiro,
que concerteza já se tornou um dos ícones no Brasil, da musica gótica, e derivações do metal.
Seu primeiro álbum, intitulado "Até que a morte não separe", arrebatou centenas de fãs, tanto na área underground, como em diferentes tipos de publico.
Com canções, extremamente, trabalhadas em uma linha poética refinada, arranjos musicais bem colocados sem exageros, este álbum pode ser chamado de um marco no gothic rock sul americano.
Enfim lhes apresento LIBRA




1º Sabemos que o projeto Libra, surgiu, aqui no Brasil após seu retorno do exterior para o Brasil. O que te fez sair do Brasil, como foi sua passagem por lá, e seu retorno para o Brasil?

- Desde sempre sou fascinado pela cultura Européia (principalmente a Inglesa), não é a toa que mais da metade das bandas e artistas que me influenciaram vieram de lá. Por isso, quando atingi a maioridade, fiz minhas malas e fui morar em Londres. Durante minha estadia, assisti a inúmeros shows (Paradise Lost, Type O Negative, The Gathering, Within Temptation, Tiamat, Moonspell, Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Megadeth, Entombed, Marilyn Manson, e vários outros) e passei uma temporada hospedado na casa dos irmãos Cavanagh (Anathema) em Liverpool. Foi uma época inesquecível e que me inspirou a criar meu projeto solo assim que coloquei meus pés de volta no Brasil.
2º Como foi sua iniciação no mundo da musica?

- Minha história musical, começou aos quatro anos, quando ganhei uma espécie de órgão elétrico (era pavoroso de tocar, porém, o som era maravilhosamente sombrio). Por volta dos nove anos, fiz um mês de aula de piano, porém, quando o professor tentou me "empurrar" uma partitura, nunca mais voltei. Sendo assim, piano, guitarra, baixo e bateria, foram instrumentos que me obriguei a aprender sozinho. A ordem foi ditada pela minha evolução musical: Até meus treze anos, quando eu apenas ouvia pop eletrônico europeu (A-Ha, Depeche Mode, Duran-Duran, David Bowie), e trilhas sonoras de filmes como "Labirinto", "Pesadelo" e as feitas pelo maestro John Williams, eu me dedicava ao piano e ao sintetizador, mas depois de ser "apresentado" ao "metal" (de bandas como Paradise Lost, My Dying Bride, Type O Negative, Carcass, Death), passei a adotar a guitarra como instrumento principal. Depois disso, mergulhei na parte de produção (gravação, edição e mixagem) para que eu pudesse gravar meu CD em meu estúdio e assim tivesse 100% de controle sobre o resultado final.


3º Sua ligação com subcultura gótica, referente a musica, começou fora do Brasil?

- Acho que a melancolia é um sentimento que já nasce impresso em determinadas pessoas. No meu caso, sempre cultivei e abracei isso em mim, por isso, desde criança sempre me inclinei ao Gótico e ao sombrio, mas é obvio que tudo isso foi potencializado quando morei em Londres (a terra natal da cultura Gótica)

4º Onde foi o primeiro show, logo apos o projeto Libra estar pronto?

- O Primeiro show do meu projeto solo foi na festa carioca DDK. A DDK é a mais tradicional festa dark/gótica/industrial do Rio.

5º Qual sua opinião referente, ao publico que te acompanha nos show, etc, por suas composições serem escritas em português,
e terem espetacular inspiração poética, romântica, e filosofal, acredito que não somente seguidores da subcultura gótica,
rockeiros, e pessoas seguidoras do metal, se interessem pelo seu trabalho, quando gravou a obra, era essa tua intenção?

- Acho que um artista não deve direcionar conscientemente sua obra para um determinado público ou segmento pois isso desvirtuaria a "verdade" da obra. Por isso, quando compus meu CD, não estava direcionando ele a um publico específico. Fiz meu CD com o intuito de agradar a mim mesmo, e nesse aspecto posso garantir que tive sucesso, pois não mudaria absolutamente nada em meu CD. A opção por escrever em português foi basicamente determinada pelo fato de que eu moro em um país que fala português e quero que todos possam me entender. Escrever em inglês é infinitamente mais fácil e mais cômodo, porém, sei que a grande maioria das pessoas não entenderia metade do que estaria sendo cantado, por isso acho que o sentimento real da música acabaria se perdendo.
6º Como você analisa o ano de 2010, em respeito a expansão do seu trabalho. foi como o esperado?

- Acho que 2010 foi um ano que não existiu para mim (artisticamente falando). Foi um ano em que resolvi parar tudo e reavaliar diversas coisas em minha vida. Mas prometo que em 2011 volto a ser quem eu realmente sou e a fazer o que eu realmente sei e gosto.


7º E para 2011, como estão se encaminhando teus projetos, vira um novo álbum?

- Já comecei a produzir meu segundo álbum. Ele será mais pesado em alguns aspectos e mais eletrônico em outros. Já tenho aproximadamente dez músicas compostas mas as gravações só começaram agora. Vou fazer tudo sem pressa e com bastante esmero. Até o fim do ano estará pronto para ser lançado em 2012. Minhas músicas expõem sentimentos genuínos de momentos determinados da minha vida. Em “Até Que a Morte Não Separe” falo basicamente do lado bom e do lado ruim do amor. O próximo álbum, também beberá um pouco nos resquícios dessa fonte, mas abordará também novos sentimentos que foram apresentados a mim nos últimos anos: perda, ódio e redescoberta do amor.

8º Sabemos que em países europeus, até mesmo na América central, a cena proclamada "underground" consegue se manter,
com até certo ponto elevado prestigio popular, financeiro, e na mídia, acredito que seja uma luta constante para você
mostrar teu trabalho, qual sua opinião, sobre esta questão, você vê melhoras neste sentido, mesmo com toda maquina musical que nosso pais
desenvolveu, fazendo que um seguimento musical escolhido, entre a força nos nossos ouvidos a cada ano?

- Infelizmente sou muito pessimista nesse sentido. Quando achava que o Rock iria se reerguer no Brasil, as coisas tomaram um rumo trágico (e porque não dizer patético) com as bandas “coloridas”. É triste ligar a TV e ver certas bandas vazias com tanto destaque na mídia e outras com tanto conteúdo e qualidade, sem nenhum espaço.

9º Falando em outros seguimentos musicais, você escuta algum tipo diferente de estilo musical?

- Além de Metal? Ouço algumas coisas de Pop e Eletrônico (Coldplay, Keane, MUSE, IAMX, Placebo, Prodigy, etc).

10º Finalizando peço que deixe uma mensagem para os bravos e destemidos goticos desse nosso Brasil varonil.

- Sei que o otimismo não é exatamente uma virtude dos Góticos, porém vamos rezar para que nos próximos anos os “coloridos” desbotem e o Brasil abra mais espaço para o “preto e branco”. Bloody Kisses para todos!

Libra


Clique e veja os videos do Libra 
libra-goticus eternus

4 comentários:

  1. Oi Tiago, estou seguindo teu blog achei muito legal e também meu estilo,qualquer coisa meu msn tbm lelinha_lee@hotmail.com um abraço

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  2. Awn que lindo, realmente por tudo que ele passa ele merece muito mais. Como uma de suas seguidoras e seguidores... Espero que tudo de certo para ele e a banda daqui pra frente.

    E juro que eu chorei quando vi que tinha uma entrevista com o meu idolo.
    É muito bom saber que ele faz parte de tudo isto, e não deixa os seus seguidores de lado.

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  3. OBRIGADO
    IREI SEGUIR COM MEU OUTRO PERFIL
    ADOREI SUA RESPOSTA
    BEIJOS

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  4. Olá Tiago, fico honrada que sejas um seguidor do meu blog. Descobri seu blog por causa dessa entrevista com meu maior ídolo nacional, o Libra, e comecei a ler e me interessar cada vez mais! Espero sua visita em meu blog sempre que puder, abraços.

    Tany, blog Dark Side Of My Soul

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