terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Valentine - Tradução banda Xandria !!!
Valentine
Seja o Valentim, parta o meu coração
Dê a sua inocência para o mais brilhante dos sonhos
Esta é a época da colheita, provar o vinho vermelho-sangue.
Desta arte dourada, que é derramada a partir do meu próprio.
Coração
É tão difícil ver a meu rosto
Na desgraça fria do espelho
Eu quero saber o que é isso que me tornei
Um desejo infantil abandonado
Tão fácil para seduzir
Parece que é apenas um passo para cair
Seja o Valentim, parta o meu coração.
Dê a sua inocência para o mais brilhante dos
Sonhos
Mal posso escrever estas linhas
Porque eu já assinei
Meu nome através da parede de orações
Agora, eu ouvi meu nome.
Soando como uma culpa
Eu fecho meus olhos e começo a cantar minha canção
Seja o Valentim, parta o meu coração.
Dê a sua inocência para o mais brilhante dos
Esta é a época da colheita, provar o vinho vermelho-sangue.
Desta arte dourada, que é derramada do meu coração.
Se eu estou olhando para trás
Esquecendo-me do tempo
Há algo que está queimando sem parar
Oh, oh, oh pactum, fraudis!
Sanguinans!
Eu vivo em memórias, lançado em melodias.
Eles morrem em harmonia com a ganância e traição
Seja o Valentim, parta o meu coração.
Dê a sua inocência para o mais brilhante dos
Esta é a época da colheita, provar o vinho vermelho-sangue.
Desta arte dourada, que é derramada do meu coração.
Como eu posso fugir dessa dor sem fim.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Paradise Lost -Tragic Idol , novo album avaliado, e video oficial com Honesty in Death
Oficial site: www.paradiselost.co.uk/
Produzido por Jens Bogren (Opeth, Katatonia, Soilwork), também responsável pelos dois últimos discos de estúdio do quinteto - "The Anatomy of Melancholy" (2008) e "Faith Divide Us - Death Unites Us" (2009) -, "Tragic Idol", o décimo-terceiro álbum do grupo, reconecta o Paradise Lost às suas raízes doom e góticas, e é um dos mais pesados da carreira da banda. Com um grande trabalho de composição e arranjos refinados e de muito bom gosto, o disco atesta, mais uma vez, as razões que fazem da banda britânica não somente uma das mais inovadoras, mas, sobretudo, um dos grandes nomes da história recente do heavy metal.
Variando entre faixas mais agressivas como “Theories From Another World” e momentos mais cadenciados e reflexivos como a belíssima faixa-título, "Tragic Idol" traz um Paradise Lost afiado. A melancolia e o peso são onipresentes. O uso constante de melodias dá às faixas um apelo imediato, fazendo com que o trabalho desça redondo já nas primeiras audições.
A banda brilha intensamente em músicas como “Crucify”, “Fear of Impending Hell” (com influência do rock gótico dos anos 1980), “Honesty in Death” e “In This We Dwell”, além das duas citadas anteriormente, o que faz de "Tragic Idol" o melhor álbum gravado pelo Paradise Lost nos últimos anos.
Um disco poderoso e cativante, que comprova o quanto a maturidade está fazendo bem ao grupo. Prestes a comemorar 25 anos de carreira, o Paradise Lost mantém seu fogo criativo queimando alto, para alegria dos fãs.
Faixas:
Solitary One
Crucify
Fear of Impending Hell
Honesty in Death
Theories From Another World
In This We Dwell
To the Darkness
Tragic Idol
Worth Fighting For
The Glorious End
Solitary One
Crucify
Fear of Impending Hell
Honesty in Death
Theories From Another World
In This We Dwell
To the Darkness
Tragic Idol
Worth Fighting For
The Glorious End
domingo, 15 de abril de 2012
Escrita: A tipografia gótica e sua identidade, através do tempo.
A tipografia sempre esteve recheada de muito simbolismo. Em suas diversas formas estéticas está inserido a cultura um povo que representa a filosofia e pensamento de uma instituição ou organização, e também os meios tecnológicos de reprodução de uma época.
Especificamente na tipografia gótica, ou “black letter” o simbolismo e ligação com o povo germânico fica muito mais evidente. Mesmo no início do século XX, quando a ordem era a modernidade, e a estética funcionalista começava a ditar as regras, mais tipos góticos com desenhos diferenciados eram desenvolvidos nas fundições alemãs e exportados para qualquer parte do mundo que tivesse algum resquício da cultura germânica. No Brasil, inúmeros livros, revistas e jornais foram impressos em tipos góticos e em alemão, especialmente no sul e São Paulo.
Para SHAW, Paul e Peter Brain, o termo “Blackletter” se refere aos antigos tipos Old English ou góticos. A palavra Blackletter foi utilizada para descrever a relação estética entre a escuridão dos caracteres pesados e o branco das páginas nas escrituras da idade média. Já no século VIII, quando Carlos Magno assume o reinado na Europa o idioma e a expressão tipográfica alemã era visto como uma expressão popular, porém abafada pelas intenções de Carlos magno de reviver os ideais humanistas do velho mundo, expressadas na minúscula carolíngia. Uma visão estratégica do soberano que via na tipografia uma forma de identificação de seu reinado.
Com a chegada dos anos 1000, sinaliza também uma nova perspectiva para a Europa. As cruzadas abrem inúmeras possibilidades comerciais com diversos locais do mundo e mais que isso se amplia também os horizontes culturais europeus. As grandes catedrais começam a ser construídas e paralelamente também começavam as primeiras universidades, centros de efervescência cultural que fomentavam a produção de manuscritos e disseminação da cultura para todos. A influência estética da arquitetura gótica presente em diversos locais da Europa, bem como a necessidade da diminuição do espaço das escrituras, que até então utilizava as amplas e arredondadas formas da minúscula carolíngia influenciaram a forma da tipografia gótica que negra apertada e angulosa.
A primeira a ser utilizada foi à gótica Textura, termo criado devido ao aspecto de tramas fechadas. Tinha uma disposição rígida, que diferenciava uma letra de outra somente por poucos traços. A gótica Textura era considerada um tipo de uso comum na Alemanha e países do norte da Europa. A bíblia de 42 linhas impressa por Gutenberg utilizava os tipos Textura em suas páginas.
Os tipos góticos que eram comumente utilizados na Alemanha se disseminam para toda a Europa, ajudados pela facilidade e adaptação ao novo sistema de tipos móveis e pelos tipógrafos e gravadores germânicos que tinham o conhecimento técnico da imprensa e do novo sistema. Outros tipos Góticos como a Schwabacher ou Bastarda, considerada mais funcional e de execução mais ágil, devido a sua trajetória mais cursiva e menos rígida que a Textura, acaba se firmando com uma caligrafia popular.
A Fraktur teve certamente influência do barroco sobre sua estética que era uma fusão entre a forma da Textura e da Schwabacher. Uma das principais características eram os traços metade retos e metade curvos em sua forma. Os ornamentos nos tipos maiúsculos e nos traços ascendentes e descendentes eram uma pequena prova da influência barroca.
Na Itália o renascimento fez florescer o ideal clássico da tipografia romana. Mesmo com toda a força das maiúsculas romanas, a gótica chamada Rotunda teve grande expressividade na Itália. A Rotunda tinha uma ligação muito mais forte com a passada uncial, tendo em sua forma os traços mais arredondados que deixavam as letras mais amplas e legíveis, em certos casos evidentes e ligação com as unciais. O caso da Itália reflete diferenças estéticas entre o norte e o sul da Europa, onde essas associações ficam evidentes.
O schwabacher ou bastarda, que originalmente era restrita a documentos na região norte da Europa, obtém seu status de importância na França, quando começam a serem impressos alguns livros, paralelamente também é utilizada na região da Bohêmia, Suiça e diversas regiões de predomínio germânico. A Rotunda além da Itália é também muito utilizada na Suíça. Para SHAW, Paul e Peter Brain, esses quatro estilos de “blackletter” – Textura (gótica ), Rotunda ( semigótica), schwabacher e Fraktur, compreedem a categoria. Para TUBARO, Antônio e Ivana todas são classificadas de góticas.
A REFORMA
Quando no século XV Martin Lutero se revolta com a dominação de Roma e da influência papal que dominava a Europa, ele estava rompendo com séculos de influência e subordinação cultural. Mais do que uma revolta contra a igreja romana, ou a eliminação de um intercessor entre o homem e Deus ele demostravam o interesse que a igreja falasse a língua de todos. Lutero introduziu a massificação germânica, traduzindo do latim para o alemão vários hinos, peças baseadas na reforma e iniciou a tradução da bíblia. Além do texto em alemão que utilizava várias palavras em dialetos específicos da Alemanha, ele também elegeu os tipos góticos para expressar suas indignações.
O IDIOMA COMO EXPRESSÃO DE UM POVO
A questão sobre a própria identidade acompanhou durante séculos a vida dos alemães. É óbvio que existem diferenças claras entre a discussão e a afirmação de uma identidade e do uso político dessas questões como forma de manipulação. Essa noção de valorização e de grandiosidade do povo alemão é expressa na frase do poeta nacionalista Ernst Moritz Arndt, que diz “a Alemanha está onde se fala alemão”, ou seja, a grande a Alemanha incluía regiões que não eram alemãs, como a Bohemia, Polônia, França, Luxemburgo, Suíça e até regiões de colonização mais longínquas como o próprio Brasil. Esse ponto de vista mostra certa similaridade com o próprio idioma Grego, que identificava um povo, indo além das fronteiras pré-estabelecidas.
A partir do final do século XIX as fundições alemãs aumentam consideravelmente a produção de tipos góticos com diferentes desenhos. Mesmo artistas art-nouveau de importância como Peter Behrens e Otto Eckmann desenharam tipos baseados na Fraktur. A reafirmação da soberania do povo alemão de certa forma sempre buscou sua representação na gótica Fraktur. Foi assim quando o exército de Napoleão foi parado pelas tropas alemãs, ou na guerra franco-prussiana de 1870, na 1ª guerra mundial e por último quando Hitlet potencializou a força da tipografia Fraktur a serviço do estado totalitário nacionalista. De tempo em tempo a gótica e em especial a Fraktur foi politizada como “o tipo da Alemanha”. Alguns estudiosos acham que os nazistas acabaram tirando a vida dos tipos góticos, quando os associaram com o nazismo.
A TIPOGRAFIA GÓTICA NOS MEIOS EDITORIAIS DE CURITIBA
Os imigrantes alemães que vieram para o Brasil no final do século XIX trouxeram muito de sua cultura. Os alemães em especial trouxeram o conhecimento das técnicas de impressão e a inclinação por essa profissão. Curitiba, recebeu um grande número de imigrantes entre 1850 e 1900. Diferente de outros povos vindos da Europa eles se estabeleceram em diferentes regiões da cidade se misturando aos habitantes locais ( com exceção dos Menon itas, que se estabeleceram em colônia no Boqueirão). Comprovando o raciocínio deste artigo, para os germânicos assim como o idioma, a escrita, a tipografia e os meios de comunicação eram um meio de resguardar sua cultura. No período de 1890 e 1940 existiram inúmeros jornais editados em alemão e impressos com tipos góticos. Dentre eles; Der Kompak, Der Pionier, Der Beobachter, Deutsche Blatter, Die Neue Heimat, Deutsche Polka, Carnaval Anzeige Thalia, Ilustriertes Unterhaltensblatt, Die Zeit, Deutschen Schule dentre outros. O número de jornais editados em alemão foi muito maior do que outros jornais destinados a outros imigrantes que tinham maior número do que os alemães da cidade. O jornal era um importante meio para deixar os alemães a par dos acontecimentos da terra natal, mas também traziam informações do que acontecia no Brasil e na cidade, estabelecendo um vínculo com a região.As tipografias e impressoras de Curitiba nessa época viviam um período de crescimento, alavancada pela qualidade gráfica dos trabalhos que era reconhecida em todo o território nacional. Nas dependências da mais importante impressora da época, a Impressora Paranaense se falava praticamente o alemão, devido ao grande número de alemães ou descendentes que tinha em seu quadro de funcionários. A estética de anúncios publicitários dos meios editoriais também foi influenciada pela tipografia gótica, já que empresas que desejavam atingir esse público tinham de estabelecer um vínculo cultural com ele, informando sobre seus produtos em alemão e graficamente com tipos góticos.
A tipografia gótica é um dos símbolos do povo germânico e assim como ela inúmeras outras contêm essa importante carga de simbolismo. Logicamente o assunto desse artigo é inesgotável, até porque a relação do povo alemão com a tipografia gótica não acontece da noite para dia, mas é uma evolução e uma maturação que caminha por séculos e séculos, onde aspectos tecnológicos, culturais e políticos determinam sua trajetória. Porém ao mesmo se torna oportuno em um momento que cada vez mais tentamos desvendar o que cerca a construção de marcas fortes, imagens ou identidades de instituições até mesmo nações.
TEXTURA
Característica mais pesada, de disposição extremamente rígida onde traços repetidos verticais formam as letras com poucas diferenças evidentes entre elas. A angulosidade é acentuada pela terminação em forma de diamante na parte superior.
SCHWABACHER OU BASTARDA
Tinham uma característica mais cursiva, onde era utilizada como caligrafia popular. Sua estética deriva muito da necessidade de escrita mais funcional e de execução muito mais rápida e ágil, rompendo a rígida verticalidade da Textura e suavizada com ornamentações e traços curvos.
FRAKTUR
A Fraktur é uma fusão entre a Textura e a Schwabacher, com uma influência da estética barroca, denotada pelos ornamentos aplicados às letras maiúsculas e a união entre traços retos e curvos de sua forma.
ROTUNDA
A tipografia gótica italiana tem em sua forma estética uma proximidade muito grande com os tipos unciais, devido ao aspecto mais curvo e arredondado que tornam as letras mais amplas e legíveis.
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