Só
Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.
Edgar Allan Poe
Lindas palavras, muito inspiradoras! Os textos de Edgar A. Poe são tão perfeitos!.. É um dos meus escritores favoritos, admiro muito as obras dele.^^
ResponderExcluirTenha uma ótima noite, Lord! Um abraço..
Lindo poema! Aliás, Edgar Allan Poe é mesmo um ótimo escritor... ele sabe como definir em palavras os sentimentos góticos...
ResponderExcluirBjo pra vc, mylordy.
Esse é um dos poemas que mais me marcaram!!
ResponderExcluirFabuloso!
ResponderExcluiroi sou visitante do blog,eu entrei aqui por causa de um trabalho sobre arte gotica,isso foi ontem,e tambem poor que sou meio gotico quase um completo so falta algumas coisas,e eu queria falar que adorei,e incrivel esse blog,voce foi muito bem,esse blog e incrivel,esta de parabens,esse e um blog incrivel,esta de parabens.
ResponderExcluirMarcos
ahh obrigado pelo espaço amei mesmo incrivel.
ResponderExcluirMarcos