domingo, 4 de abril de 2010

Flores Despétalas


De que adianta ter gente que me joga flores 
Se nem ao menos posso ver as cores além da escuridão latente?  
De que me adiantam flores se não sinto os odores  
Nada ouço além de vozes doces que somem além da escuridão
E mãos que se fecham na minha solidão?  

Não se cansam de cair as flores queda inútil,
A lama levará assim como eu, o que cair apodrecerá o fracasso exibe sua imagem e seus horrores.
Malditas sejam as flores a perturbar-me a razão 

Assistindo à minha condição adoçando com dó meus dissabores
Afundem todas as flores e não me venham com piedade nem memória, nem saudade nem feridas ou vãos amores  
Deixem-me só as flores só com migalhas de pensamentos  

Abortados sentimentos, feridas e inúteis dores que na carne me fazem humana,  
Ferem a criatura desumana  
Cresce da fúria do abandono, junto ao olho e o escuro adorno, meu ódio, minha força que ascenderá não flores, mas a vida que deu a elas as cores, me vingará 

                  De Tiago Dotto (Goticus Eternus)

2 comentários:

  1. Olá tudo bem contigo?

    Gostei de teu blog ...

    Uma Rosa para ti, sem cheiro, sem cor e sem brilho ... apenas uma rosa ... esperando água e amor ... esperando por você!!!

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  2. Olá ...

    Também estou de olhinhos em ti ...

    Pq nos nega a honra de lê-lo e nos emocionarmos, desde 4 de Abril?

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