domingo, 8 de maio de 2011

Templarios historia geral



 “Non nobis, Domine, non nobis, sed Nomini Tuo ad Gloriam”
(“Não para nós, Senhor, não para nós, mas para Glória de Teu Nome”)
(Salmo de David e Lema dos Templários)
As Cruzadas
No ano 1071 os turcos mulçumanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados de sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras.
Com a decadência do sistema feudal europeu, tornar-se um cruzado e partir para o Oriente em busca de terras e riquezas era uma alternativa considerável. Assim, a maior parte dos soldados cruzados era composta por camponeses e mendigos. Isso sugere que havia motivos comerciais e políticos camuflados sob o objetivo religioso. Além disso, os mulçumanos não se opunham a peregrinação cristã até Jerusalém. Havia apenas pequenos conflitos entre estes grupos distintos. Os cristãos solicitaram ao Papa Urbano II que os ajudasse nessas batalhas. O Papa percebeu neste pedido um pretexto para ampliar os domínios e a riqueza da Igreja. Assim, organizou e enviou o primeiro contingente cruzado.
A primeira Cruzada partiu em novembro de 1097 e contou com um apoio intenso da população. Em 1212 promoveu-se até mesmo a Cruzada das Crianças. Num momento de declínio do exército cristão em terras orientais, milhares de meninos foram levados na convicção de que a providência Divina daria a eles o que grandes e poderosos esquadrões não foram capazes de obter. A maioria dos garotos morreu doente ou em naufrágios durante a viagem. Os poucos que chegaram ao destino foram mortos ou escravizados pelos mulçumanos. Ao todo, foram organizadas oito Cruzadas até 1270, quando os cristãos viram-se obrigados a deixarem a Palestina e outros territórios conquistados.
Os combates entre cristãos e mulçumanos são considerados por alguns pesquisadores como a primeira Guerra Mundial, pois atingiu a Europa, Ásia e África. Nesse período, várias Ordens foram fundadas para garantir a peregrinação cristã e a posse das terras: Joaninos, Pobres Cavaleiros de Cristo, Teutônica, Porta-Espada entre outras.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo
No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen e Gogofredo de Saint Omer, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade.
Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários. Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão a pobreza.
A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados. A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários se sustentavam através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados.
Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política europeia. Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais. Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação de saqueadores. O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.
As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV – O Belo – comandava a França. Diferente da maioria dos monarcas que eram subalternos, à Igreja, Felipe se engajava em campanhas aliadas ao Clérigo, em troca de benefícios políticos.
Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. O monarca usaria sua influência para que o religioso se tornasse Papa. Por sua vez, Beltrão de Got se comprometeria a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. Apenas um Papa possuía poder político para fazê-lo. No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.

Neste momento tinha início às acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. O processo inquisitório contra os Templários se estendeu por vários anos sobre torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis. Os condenados eram levados à fogueira da Inquisição. Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay, e outros 5 mil cavaleiros foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. Na Grã-bretanha, a Ordem foi dissolvida pelo Rei Eduardo II. Na Alemanha e Suíça, os Cavaleiros foram declarados inocentes, mas a Ordem também foi suprimida.
Finalmente, em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. Há uma lenda, que agonizante em meio às chamas, o líder dos Templários amaldiçoou o Papa Clemente V e o Rei Felipe, dizendo que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, o Papa morreria em no máximo 40 dias e o Rei dentro de um ano. O Papa morreu 33 dias após a execução de Molay e o Rei em pouco mais de seis meses.
Em toda a Europa, a Ordem dos Templários foi oficialmente extinta. Seus bens, o imenso contingente do exército e sua estrutura foram diluídos em outras Ordens menos expressivas. Atualmente, a Ordem Rosa Cruz e a Maçonaria se consideram ascendentes diretas dos Cavaleiros Templários.
Mistérios Templários
Durante uma jornada que se estendeu por quase dois séculos e se consagrou com um alto nível de poder e popularidade, foi gerada uma série de lendas que se confundem com fatos em torno dos Templários. Realmente, é provável que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental. Mas não chegava a ser uma heresia. Soma-se a isso às acusações apresentadas no período da queda da Ordem e encontra-se uma imensidão de hipóteses interessantes: desde adoração ao demônio até a influência arquitetônica.
Até mesmo os objetivos originais da Ordem dos Templários são alvos das possibilidades. Segundo especulações, sua fundação teria sido articulada por Bernardo de Claraval (São Bernardo) para buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas no Templo de Salomão. A partir do momento que foram encontradas, os Templários se desenvolveram em todos os aspectos. O Santo Graal seria apenas uma metáfora para se referir a esses tesouros.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Sobre tortura, os cavaleiros declaravam que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas (nesta época, beijo na boca entre homens era aceitável), negavam a divindade de Cristo e ainda idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Porém, após as sessões de tortura e a irrevogável condenação, os Cavaleiros negavam as confissões assinadas. Havia poucas evidências de que os Templários se desviaram dos conceitos básicos da Igreja Católica daquela época.
Na Grã-Bretanha, Robert Bruce buscava a independência da Escócia e articulava uma batalha contra o exército do Rei Eduardo II. As tropas de Eduardo possuíam armas e um contingente muito superior ao inimigo. Mesmo assim os rebeldes escoceses combateram o exército real. Acredita-se que um grupo de cavaleiros Templários, altamente treinado, teria se refugiado na Escócia e lutado ao lado de Bruce.
Provavelmente, em 1250 os Templários já haviam estado na América. Devido ao seu grande crescimento econômico através de matéria-prima e minérios como ouro e prata, escassos na Europa, supõe-se que parte de sua riqueza já havia sido extraída do continente americano. O fato de ser uma Ordem Secreta, onde os segredos só eram transmitidos entre seus membros à medida que eram promovidos, explica a ausência de registros históricos dessas navegações. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.
Após a extinção da Ordem, os Templários portugueses passaram a se chamar Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templários para “descobrir” o Brasil.
A arquitetura gótica surgiu repentinamente durante o desenvolvimento da Ordem dos Templários. Não pode ser considerada uma continuidade da arquitetura romana, pois os conceitos entre ambas são totalmente opostos. A arquitetura romana baseia-se numa força de cima para baixo que estabiliza toda a construção. Enquanto a gótica está baseada no princípio contrário, numa força que pressiona de baixo para cima. Esses conceitos arquitetônicos e geométricos são muito avançados para o pensamento medieval. Portanto, acredita-se que a arquitetura gótica tenha surgido através de um conhecimento secreto adquirido pelos Templários, e as várias Catedrais tenham sido edificadas para guardar suas riquezas.
Reproduçao do 1° selo templario
Considerou-se uma representação da união mística entre a cruz ea espada. As mais antigas conhecidas até agora é que a utilizada pelo Everard Mestre de Barres entre 1146 e 1149; uma cúpula encimada por uma cruz simboliza a casa do Templo de Jerusalém, que está aberta para permitir que o fogo de Pentecostes. Existem dois tipos de selos para toda a ordem, mas depois cada parcela propriedade sua, a de Huesca, em Aragão, por exemplo, tem um castelo com seis baluartes coroado com um "V" com a lenda do Osca Templi Dom (Casa do Templo de Huesca).  O primeiro selo da Ordem na frente tem um escudo com a cruz do Templo e da lenda em torno dele Signum Militia Templi (Selo da Milícia do Templo), na parte de trás tinha o Templo de Salomão, na realidade, uma esquematização a mesquita Al-Aqsa em Jerusalém, e a mesma lenda.
O segundo selo templario
O segundo selo na parte frontal oferece um cavalo montado por dois templários em um momento, equipados com escudos e lanças alongadas, circundadas pela legenda Sigillum Militum Xristi (Selo dos Soldados de Cristo), e inverter a imagem do Templo, com Legenda Templum Salomonis (Templo de Salomão). A razão para os dois cavaleiros em um cavalo tem sido interpretada de maneiras surpreendentes. Diz-se que é o símbolo do perfeito conhecimento dos Templários, a sinonímia entre "cavalo" e "Cabal", mas que era um símbolo de pobreza, e até mesmo os dois poderes que residem em Cristo. Pedro de La Palud era um frade de pregadores que depuseram no processo do início do século XIV, que passou a dizer que tinha ouvido a história de dois jóqueis Templários andava a cavalo mesmo e que ele foi depois era o diabo forma humana, disse o templário a confiar-lhe em vez de Cristo e assim salvou. Críticos Temple alegou que era prova de práticas homossexuais dos Cavaleiros. Também foi identificada como um sinal de propriedade da comunidade da Ordem, como um símbolo de união, dedicação, bom entendimento e harmonia que deve reinar entre os homens, ou como um ícone da pobreza, ao prometer o seu voto. Ele não perdeu uma interpretação esotérica, ligando o par de cavalheiros com o culto de devoção dos Templários a São Cosme e Damião, mártires dúbias e Gervásio e Caprasio, que foi identificado com o culto dos Dióscuros, ou seja, o gêmeo Castor e Pólux, da mitologia antiga. Assim, os valores seriam marca um sinal de humildade ou dualidade de alcançar a verdade de acordo com a Cabala. Foi mesmo disse que poderia ser uma imagem que lembra uma época em que os Templários e Hospitalários montaram junto, algo que nunca aconteceu.
O mestre eo mordomo são os dois únicos selos separados carregando geral, idênticos, tanto na Ordem.
Hoje, não tem sido impedido de usar os selos por homens contemporâneos costumam acompanhar a sua assinatura, utilizando apenas o documento oficial que é a comunicação interna e a comunicação em si.

4 comentários:

  1. Obrigada a vc, amigo querido!

    Sempre, obrigada pelas visitas, pelo carinho,
    por tudo...

    Um domingo encantador p/ vc...

    Bjinhosssssss

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  2. Olá

    A história e o percurso dos Templários é um tema aliciante.

    Aqui em Portugal há numerosos vestígios e testemunhos da sua presença.

    Adorei o seu blog e vou ficar seguidora. Descobri-o através da nossa amiga comum, a Carla Witch Princess.

    Um abraço

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  3. POSTAGEM MUITO ESPECIAL AMIGO!!!!
    PASSANDO PARA TE CONTAR QUE CRIEI UM NOVO BLOG E GOSTARIA MUITO DE VER SUA PRESENÇA POR LÀ TAMBÉM: http://fantasticworld30.blogspot.com/
    SE CURTIR ME SEGUE.
    BEIJOS

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  4. Muito bom blog e otima postagem! Para aber mais sobre a historia dos templarios vejam esta serie de 3 videos: http://www.youtube.com/watch?v=jW-49H_WCBY&context=C4a0bdd2ADvjVQa1PpcFMP9To7t3zfLYLX4HeuOjAWT-QMpEh6Frw=

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