segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Versos livres


 Tenho os versos livres
pois não tento atrelá-los
cada um tem sua cor
cada um tem seu sabor
cada um tem sua dor
o fluir do pensar
está para um rio
assim como um rio está para o mar
se ocorre das letras um fonema assemelhar
é que os sentidos dos sentimentos se encontraram
assim como o rio encontrou o mar
mas não forço tal encontro a não ser o encontro dos sentidos
que amargam, que machucam, que choram
apenas abro a porta da alma e a deixo falar, cantar, sorrir, lamentar
mas que diga a alma tudo que vai em si
para sentir-se livre
pelo menos no exprimir
das suas emoções
suas sensações
orgulho
vergonha
adoração
depravação
tudo
mas que nunca me condene pelo cárcere
pois maior prisão não há
do que aquela que nos aperta a garganta
e nos faz engolir de volta até mesmo a esperança...

Por Goticus Eternus

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