sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Branco, Branco (poema por Rommel Werneck)

Eu odeio vestir branco no Réveillon
Porque o branco me deixa gordo,
O branco e seu modismo fútil
Vão trazendo assim a guerra

O branco carrega qualquer maquiagem
O branco entristece toda noiva
O branco, na verdade, é o luto
Que inventaram pra desbotar a vida

A cor branca é a cor da máfia
A máfia da cândida que embranquece
Que desbota, que detona, que acaba
Com as poucas peças que a gente tem.

Eu odeio vestir branco ao deitar
Os sonhos não podem ser assim
A cama não pode ser vazia
A vida não pode ser branca

Eu odeio o branco, eu acho que ele é do mal!
Eu sei! Eu sei! Eu sei! Eu sei!
Que ele paga as nossas contas
O branco é tão pop que é patrão

O que eu quero é vestir preto
Botar pra fora toda minha vida
Mostrar pra eles que eu sou feliz
E que o branco não manda em mim
E que eu sou rei da cocada preta

Rommel Werneck

4 comentários:

  1. muito bom esse poema! beijos carinhosos
    NEVER WHITE! BJ LORD

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  2. Amei esse poema, também não gosto de branco! sou gótico e amei seu espaço muito criativo e cheios de novidades da cultura gótica, valeu...
    Francisco de Assis
    Fortaleza-Ce

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  3. Muito obrigado pela visita Francisco, espero que volte sempre ao nosso site. Grande abraço

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  4. Também não sou fã de branco me acho estranha mas ao vestir preto me sinto completa!
    Bjs Guri tudo de bom!

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