Em um cenário extremamente competitivo, são poucas as bandas que conseguem despontar de maneira sólida em nosso cenário underground. Com o álbum independente “Beneath the Surface”, os gaúchos da HOLINESS vão à contramão de todas as expectativas mais pessimistas. A banda, que mescla influências do metal melódico e do hard rock à sua proposta mais tradicional, mostra competência e desenvoltura para se inserir rapidamente entre os principais nomes do metal nacional.
Com apenas dois anos de carreira, Stéfanie Schirmbeck (vocal), Fabrício Reis (guitarra), Luciano Dorneles (guitarra)-ex integrante, Hércules Moreira (baixo) e Cristiano Reis (bateria) conseguiram consolidar um repertório próprio, bastante consistente, antes de entrar em estúdio. De um lado, a produção renomada de Aquiles Priester (HANGAR) e a mixagem e a masterização assinadas por Tommy Newton (HELLOWEEN e KAMELOT) deram um nível excepcional a “Beneath the Surface”. De outro, a banda apresenta uma série de composições de personalidade e de impacto, com influências que não se prendem a nenhuma fórmula rígida ou pré-fabricada.
Entre as características próprias da banda, os riffs de guitarra se mostram extremamente densos e pesados, sinalizando para um distanciamento do senso comum encontrado em meio às bandas europeias, exclusivamente de metal melódico. As outras influências do grupo, que ainda passeiam pelo metal gótico e, sobretudo, pelo hard rock, não fazem de “Beneath the Surface” um disco cansativo. Pelo contrário: o repertório do álbum evidencia a essência mais criativa do quinteto em cerca de quarenta minutos de música.
Depois da curta abertura “Rise”, o ‘debut’ dos gaúchos de Erechim mostra uma sequência destruidora e incomparável. De um lado, “The Truth” mostra eficiência através das suas guitarras pesadas e intensas, sem se aproximar das características mais atmosféricas do gótico. De outro, “What I Want” contém uma dose extra de melodia e velocidade, que se contrapõe ao conceito da faixa anterior – mas sem abrir mão das guitarras agressivas. O vocal de Stéfanie Schirmbeck é definitivamente a marca da HOLINESS – a cantora não abusa de agudos ou do estilo mais clássico de TARJA TURUNEN –, pois ela possui um estilo muito próprio e adequado para a proposta musical do grupo.
As cadenciadas “Higher” e “Waiting For a Change” mostram a versatilidade da banda em compor baladas. As duas faixas, que não abusam de climas atmosféricos ou emotivos, unem as citadas influências do hard rock ao que a banda possui de maior destaque em todo “Beneath the Surface” – as guitarras pesadas. No entanto, “Waitinf For a Change” se sobressai à anterior pelo refrão de qualidade acima da média. Na sequência, “Take Me Closer” é um heavy metal extremamente agressivo e se contrapõe às suas antecessoras. Embora a música não possua tanto brilho como as demais, as influências progressivas são revistas em “Mine”, que conta com um refrão marcante e ótimas melodias – outro destaque à parte.
Com a participação do tecladista convidado Fábio Laguna (HANGAR), a HOLINESS, da metade para o fim de “Beneath the Surface”, evidencia uma aproximação mais íntima com as referências do metal progressivo. A faixa ”Breath Time” possui ótimas quebradas de guitarra e os riffs intensos dão à composição uma mistura interessante, entre o estilo e agressividade mais crua. Por fim, o cover inusitado (para uma banda metálica) de “Uninvited” (ALANIS MORISSETTE) mostra como o quinteto gaúcho é capaz de reconstruir composições aparentemente distintas com a sua marca própria – os riffs pesados e um solo de guitarra.
Não há nenhum exagero em afirmar: a HOLINESS é uma das principais revelações do underground brasileiro em 2010. “Beneath the Surface” possui um repertório praticamente impecável e com muito brilho em sua apresentação (mixagem/masterização). A voz de Stéfanie Schirmbeck, frente às guitarras pesadas do quarteto gaúcho, compõe o diferencial do grupo em comparação aos demais nomes do gênero. Certamente, um segundo álbum como esse e uma sequência de shows pelo país darão visibilidade e reconhecimento a essa surpresa recente do cenário metálico brasileiro.
Stéfanie Schirmbeck |
Entrevista exclusiva feita com a vocalista Stéfanie Schirmbeck do Holiness por Tiago Dotto (Blog Goticus Eternus)
Gostaria então de fazer perguntas mais intimistas sobre os componentes, relatos, trabalho em geral, pode ser?
1º Começamos com as básicas rsrs: O nome se deu por escolha, votação, algum sentido especifico?
O Cris teve a idéia do nome. Primeiro pela sonoridade da palavra, depois pelo significado "santidade". Pra nós a música é uma forma de santidade, mas não tem nenhuma ligação religiosa.1º Começamos com as básicas rsrs: O nome se deu por escolha, votação, algum sentido especifico?
2º A formação da banda se deu começo, como e quando?
Gravamos uma demo em Erechim mesmo, e depois todas as músicas foram lapidadas para o cd.
3º O primeiro show da banda?
4º O projeto da banda se tornou com uma forma mais profissional desde o inicio, ou ao longo do tempo, através de ajuda de alguém em especifico, ou totalmente independente para a banda?
5º As primeiras musicas ,surgiram quando, desde o inicio se propôs transpor-las em inglês?
6º Como surgiu a oportunidade de ir para São Paulo, foi uma decisão especifica da banda? Através dessa ida surgiu a oportunidade de mixar fora do pais, e ter produção aqui no pais de um musico renomeado no meio do metal?
7º Como esta vista a projecção para o futuro próximo na Holiness,show, divulgação e etc?
8º Finalizando qual o recado que a banda tem a dizer para os futuros e presentes fãs e admiradores do trabalho de vcs?
Gostaríamos de agradecer o apoio de nossos fãs, sem eles nada disso seria possível e eles são sensacionais!!
E aí tiago!
ResponderExcluirE sumi pois fiquei sem net uns dias, mas tô aqui de novo!
Adorei as roupas, o estilo da cantora!
Queria te pedir para tirar meu banner do rosas gothic,pois o blog acabou, não postarei nele mais...tenho um novo banner do guerra dos mundos. Vai querer continuar a parceria com meu novo blogger?
Dá uma passada lá no meu cafofo...tem um papeis de paredes com versículos diferentes que fiz!
http://guerradosmundosleka.blogspot.com/
bjuuuus!
Olá meu caro amigo!
ResponderExcluirDevo confessar que esta banda tem futuro, sua sonoridade é muito boa e a voz de... da vocalista é bem peculiar realmente ela não precisou imitar os vocais líricos de Tarja, simone do Epica etc...
Pra uma ouvinte exigente como eu eles vão emplacar sim.
Bjs amigo!
adorei essa banda! Acho que vou fazer umna entrevista com eles p/ um site de metal. Achei essa banda do nada e já virei fã! Muito boa mesmo!
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